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Amar também é dar limites

Quando os filhos nascem, empolgados com a maravilha que é ser pai, os casais estão esquecendo-se, cada vez mais, que as crianças precisam de um mundo de seu tamanho para que possam estruturar-se.

Quando as crianças estão pequenas, tudo é bonito! As travessuras, o andar, o falar... até o choro e os palavrões. Porém, geralmente esquecem-se que elas crescerão, e estes comportamentos já não serão tão bonitos e adequados.

No “não” a determinadas atitudes indesejáveis, ensina-se à criança o limite dela mesma e do outro. Ensina-se o respeito.

Se as crianças são atendidas em todas as suas exigências, elas não aprenderão que o mundo não gira ao redor de si mesmas, na fase egocêntrica dos primeiros anos de vida. Assim tornam-se intolerantes, com um baixíssimo nível de tolerância à frustração e baixa autoestima. Daí para as transgressões, drogas e violência, é um passo.

À medida que crescem e que os pais não se impõem enquanto adultos e, como tal, representantes da autoridade, os adolescentes se apresentam com dificuldades de vínculos pois seus referenciais foram fracos, débeis; não tendo em quem confiar, se utilizam da virtualidade, dos relacionamentos conturbados, da violência para se imporem desorganizadamente no mundo.

Como todos os prazeres, desejos e vontades foram atendidos, não tem a dimensão do valor da real conquista; não tem a tolerância para lutar e esperar o resultado; não tem a firmeza de caráter e autoestima suficientes para se impor e vencer pela retidão.

Qualquer prazer é pouco, é insignificante. Busca-se mais e mais. Como nunca ouviu NÃO , transgride, rouba, se droga, mata, anula os “pobres mortais” que ousarem lhes impedir algo, pois tudo e todos passam a ser meros figurantes em suas vidas: pais, amigos, índios, garçons...

Amar é também dar limites e dizer não: com carinho, firmeza, autoridade e amorosidade!!

Regina Célia Dantas Gama

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